A faca rezou pedaços de mim
Na mesa dos teus planos
Tanto fui filha da ausência
Quanto suicídio verbal no caule das meias verdades
Meu próprio estupro
Trapos de desengano
Quem me perguntou
Por que o mais extirpar
Se não a foice dourando um colar?
Estuda, disseca e engole
Um sorriso orvalhado de esquecimento
O dia seguinte não trará um berço para nós
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
rita ,minha cara, gostei de tofod ,um mais estranho que ooutro...rsrsrsrs Maravilha!!
uma coisa importantíssima para um escritor - estilo. e isso você tem.
atté.
Rita,
Isso é uma obra-prima. Você é uma poeta de imagens que não chegam ao surresalismo: elas são duras, cruéis, quase como se atingissem uma realidade mais real que ela mesma. "Suicídio verbal no caule da meias verdades" é a própria dissecação impingida pela dor de se saber mais que os outros, ou menos, ou nada. Mas, desse enxergar-não-enxergando, ao mesmo tempo em que se enxerga-enxergando, o que resta é a poesia aberta, com as suas vísceras agonizantes e expostas às pisadas.
Intrigante, também...
Bons poemas
Bom blog.
Também gostei, nada de estranho
Muito bom, forte, mas não forçado
na medida da distonância que cabe na febre bem desenhada!
muito muito bom!
Postar um comentário