sexta-feira, 3 de outubro de 2008
A febre cava teu dormitório
Quebra-me em três oitavos
E diz que está tudo lindo
Que o passo não é tão fundo
E as águas não são rasas
Para tua informação
Eu preciso que me cavem
Como enfiam o dedo no bolo
Da gula coletiva
È preciso que me deixem à deriva
Nas senhas das bocas fechadas
Um segredo sussurrado
E lavagem estomacal periódica
Se o fixo perguntar por mim
Diga que flutuo
Que do certo
Não me asseguro e, por favor,
Cava-me!
Deixe que as asas nasçam entupidas
E as cores desbotem translúcidas
As nascentes de marasmos
E a vadiagem nas pegadas
O torto no seu mais sincero sorriso
Evitando as minhas trapaças
E os pássaros alucinatórios
Nos divãs sambistas
As pétalas cruas nos olhos
Não evite o sétimo solo
O olhar enviesado
As unhas na terra
A beleza subterrânea
A cama de cratera
Dormitório de toxina
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
i think you add more info about it.
Postar um comentário